Tela para fissura em parede: como resolver trincas e prevenir novos problemas

Montagem com três imagens mostrando o uso e os tipos de tela de fibra de vidro. No canto superior esquerdo, um rolo branco de tela estruturante. À direita, três rolos de tela de fibra de vidro com diferentes tramas. Na parte inferior, um trabalhador com capacete azul, máscara e luvas amarelas aplica a tela sobre uma fissura em parede branca, demonstrando o uso do material na construção civil.

Como identificar a fissura em parede

Antes de aplicar qualquer solução, é fundamental analisar a fissura. Se a trinca ocorre apenas na pintura, o problema é superficial. Já quando atinge a argamassa, pode indicar falhas mais sérias no revestimento ou até risco estrutural. A correta identificação define o tipo de tela para fissura em parede que deve ser utilizada.

Fissuras na pintura: solução prática e preventiva

Quando a fissura aparece somente na pintura, existe um tipo de tela desenvolvido para reforçar e evitar que novas trincas surjam: tela de fibra de vidro para pintura e trinca. 

A tela de fibra de vidro pintura trinca é um véu não tecido que reforça a película de tinta, prevenindo e corrigindo fissuras causadas por variações térmicas, fatores climáticos e desgaste da superfície. Fácil de aplicar junto à tinta, cria uma camada lisa e homogênea, aumentando a resistência contra a abrasão, raios UV e movimentações térmicas. Uma única aplicação já garante proteção duradoura, respirabilidade da parede e evita retrabalhos com microfissuras.

Onde aplicar

  • Paredes de argamassa sobre tijolos
  • Paredes de argamassa sobre blocos de concreto
  • Chapas de Drywall
  • Chapas de Placas cimentícias
  • Sistema EIFS

Como aplicar a tela de fibra de vidro pintura trinca para conserto de fissuras

  1. Preparar a superfície – limpar poeira, mofo e gordura.
  2. Abrir a trinca – usar espátula para permitir a penetração da massa.
  3. Aplicar massa de reparo – preencher bem toda a fissura.
  4. Cortar a tela deixar uma sobra no rodapé para corte final
  5. Colocar a tela – sobre a massa úmida, pressionando levemente.
  6. Aplicar outra camada de massa – cobrindo totalmente a tela.
  7. Lixar – após a secagem, nivelar a superfície.
  8. Pintar – finalizar com a tinta de acabamento.

Além de consertos, tela veda trinca para pintura pode ser usada de forma preventiva, reforçando a pintura e evitando microtrincas.

Fissuras na argamassa: atenção ao diagnóstico

Se a fissura está na argamassa, é preciso descartar a possibilidade de uma rachadura estrutural. Confirmado que não é estrutural, o uso de telas estruturantes é a melhor solução para reforço e prevenção de novos problemas.

Tela de fibra de vidro álcali resistente – tela veda trinca

A opção mais eficiente para fissuras em argamassa. Essa tela suporta a alcalinidade do cimento, evitando deterioração e garantindo reforço de longa duração.

A tela de fibra de vidro para construção civil reforça rebocos e emboços em fachadas, platibandas e paredes internas, prevenindo fissuras e rachaduras causadas por retração, dilatação e movimentação estrutural. Resistente à alcalinidade do cimento, não oxida nem apodrece, garantindo durabilidade. 

A Tegape oferece opções em diferentes aberturas e espessuras, direto da fábrica, com tabela técnica disponível para consulta, pois cada massa exige um tipo de tela: – massa menos espessas e menos granuladas necessitam de telas mais fechadas (abertura menor) e telas mais abertas para composições de massa mais grossas. 

Propriedades da tela veda trinca de fibra de vidro para reforço da massa 

  • Resistência: suporta altos esforços de tração sem se romper.
  • Durabilidade: imune à corrosão e a diversos agentes químicos.
  • Leveza: mais leve que o aço, reduz custos de transporte e infraestrutura.
  • Flexibilidade: adapta-se facilmente a diferentes formatos e dimensões.
  • Resistência às intempéries: mantém desempenho mesmo em condições climáticas extremas.
  • Aplicações versáteis: ideal como reforço estrutural, incorporada a massas e concreto.

Tela de aço galvanizado

Mais robusta, é indicada em áreas que exigem maior resistência mecânica. Oferece durabilidade, mas requer cuidados com oxidação em ambientes úmidos.

A Tegape fornece tela estuque de aço galvanizado para reforço em argamassa e reboco. Indicada quando o revestimento tem mais de 5 cm ou o contrapiso mais de 2,5 cm, evita fissuras, trincas e retrações. A especificação e instalação devem seguir o projeto.

Tela plástica

Uma alternativa prática e econômica. É leve, não enferruja e pode ser usada como reforço em áreas de menor exigência. A tela plástica estuque é fabricada com polietileno de alta densidade  (PEAD) e reforça rebocos, paredes e contrapisos, prevenindo trincas e retrações. Fácil de instalar, não machuca o aplicador e é imune à oxidação.

Fitas de fibra de vidro para fissuras menores

Para reparos localizados e trincas pequenas, a fita de fibra de vidro é uma solução prática. Fácil de aplicar, ajuda a selar fissuras pontuais sem necessidade de telas maiores.

A fita veda trinca é autoadesiva e resistente à alcalinidade do cimento. 

Utilizada para dar suporte ao conserto de trincas e fissuras, a fita veda trinca atribui mais resistência à área aplicada, evitando que a trinca volte a aparecer. Possui boa resistência à tração, acompanhando as movimentações da fissura sem que ocorra o rompimento, exceto quando a fissura for de origem estrutural.

O adesivo presente em uma das superfícies facilita a aplicação.

Larguras de fitas oferecidas na Tegape : Fita veda trinca com 5cm ou 10cm e Fita veda trinca com 30cm

Escolha sempre produtos álcali resistentes 

Ao reparar fissuras em paredes e pisos, utilize sempre produtos resistentes à alcalinidade do cimento, como telas e fitas de fibra de vidro AR (álcali resistente). Isso é essencial porque o contato direto com o cimento pode degradar materiais comuns, causando perda de resistência, oxidação e reaparecimento das trincas.

Porque a tela veda trinca é conhecida também como tela para estuque? 

Historicamente, a palavra “estuque” vem do italiano stucco, que significa “revestimento” ou “massa de acabamento”, derivado do latim stuccus. Desde a Antiguidade, o estuque era usado em construções gregas e romanas para decorar e proteger superfícies, muitas vezes associado a ornamentos arquitetônicos e acabamentos mais refinados.

Com o tempo, o termo passou a designar qualquer argamassa de revestimento aplicada em camadas espessas. Como esse tipo de aplicação está sujeito a retrações e fissuras, a tela para estuque foi incorporada como reforço, garantindo estabilidade e evitando trincas no reboco.

Entenda mais sobre como resolver as fissuras na parede

Como identificar uma fissura na parede

O primeiro passo é entender onde está a fissura. Quando aparece apenas na pintura, trata-se de um problema superficial. Já quando atinge a argamassa ou a alvenaria, pode indicar falhas construtivas mais sérias ou até questões estruturais. Essa diferenciação é fundamental para definir o tipo de tratamento e a tela adequada.

  • Fissura na pintura → solução simples, estética e preventiva.
  • Fissura na argamassa → pode ser estrutural ou não estrutural, exigindo avaliação técnica.

Fissuras na argamassa: quando usar a tela veda trinca

De acordo com o guia internacional de patologia da construção (Defects in Masonry Walls – CIB 403), fissuras em argamassa ou alvenaria exigem atenção redobrada. Antes de reparar, é essencial investigar se não há um problema estrutural associado, como recalque de fundação, deformação de lajes ou interação inadequada entre elementos.

Após confirmado que não é estrutural, recomenda-se o uso de telas estruturantes para reforço:

  • Tela de fibra de vidro álcali resistente → suporta a alcalinidade do cimento, sendo a mais indicada para reparos em argamassa.
  • Tela de aço galvanizado → oferece maior robustez mecânica, mas deve ser bem protegida contra oxidação.
  • Tela plástica → alternativa leve e econômica, prática para obras residenciais e áreas de menor exigência.

Essas opções ajudam a absorver movimentações naturais da alvenaria, como retrações, dilatações térmicas e variações de umidade.

Causas mais comuns de fissuras em paredes

Segundo os estudos reunidos no documento técnico, as trincas em paredes surgem por diversos fatores:

  • Projeto inadequado: ausência de juntas de movimentação, dimensionamento incorreto ou incompatibilidade entre materiais.
  • Execução deficiente: argamassas de baixa qualidade, juntas mal preenchidas, falta de controle de obra.
  • Movimentos estruturais: recalque de fundações, deflexão de lajes e vigas.
  • Variações climáticas: retração por secagem, expansão por umidade e dilatação térmica.
  • Falta de manutenção: infiltração, drenagem deficiente e acúmulo de umidade nas bases.

Essas causas mostram que a fissura em parede não é apenas um problema estético: pode comprometer conforto, durabilidade, estanqueidade e até a segurança da edificação.

Aqui vão algumas patologias que podem surgir quando as fissuras não são corrigidas, com base no guia Defects in Masonry Walls – Guidance on Cracking (CIB 403) e literatura técnica:

Patologias decorrentes de fissuras não reparadas

  1. Infiltrações de água e umidade
    As trincas permitem a entrada de água, causando infiltrações no interior da alvenaria, comprometendo o revestimento, gerando manchas, bolhas, e comprometendo a durabilidade dos materiais.
  2. Degradação de revestimentos e pintura
    A umidade, as movimentações e a exposição climática aceleram o desgaste da pintura e do reboco, provocando descascamentos e perda de aderência.
  3. Corrosão de elementos metálicos embutidos
    Se houver armaduras, telas metálicas, fixações ou esquadrias próximas à fissura, a penetração de água e agentes corrosivos pode levar à oxidação e comprometimento estrutural local.
  4. Perda da estanqueidade e eficiência térmica/acústica
    As fissuras podem romper a vedação da parede, prejudicando o conforto térmico, acústico e aumentando a permeabilidade ao ar.
  5. Progressão das trincas e evolução para rachaduras maiores
    O movimento inadequado das fissuras não controladas pode ampliá-las, transformando microfissuras superficiais em falhas visuais mais intensas ou até estruturais.
  6. Desgaste acelerado por ciclos térmicos e de umidade
    Com o tempo, as variações de temperatura e umidade agravam o efeito das fissuras, gerando novas trincas ou ampliando as existentes.
  7. Comprometimento funcional e de serviço (serviceability)
    Mesmo que não atinjam a segurança estrutural, as fissuras afetam o desempenho da parede, provocando falhas de uso, insatisfação estética e necessidade de manutenção frequente, 

Estratégias de reparo de fissuras em paredes

O guia internacional sugere sempre uma abordagem em duas etapas: diagnóstico e reparo.

  1. Diagnóstico – Identificar se a fissura é estrutural (afetando a estabilidade) ou não estrutural (limitada à pintura ou argamassa).
  2. Reparo – As principais técnicas incluem:
    • Inserção de juntas de movimentação em pontos estratégicos;
    • Reforço localizado com tela para fissura em parede (fibra de vidro, aço ou plástica);
    • Correção de problemas de fundação e drenagem quando necessário;
    • Injeção de resinas ou argamassas especiais para preenchimento.

Como reforça Grimm (1997), citado no relatório técnico: “evitar a fissura é sempre o objetivo principal, mas quando ela ocorre, o controle e a reparação correta são essenciais”.

Conclusão

Resolver fissuras em paredes exige mais do que “tampar a trinca”. É necessário identificar a causa, aplicar o tipo correto de tela (seja tela veda trinca, tela sela trinca, tela de fibra de vidro álcali resistente, tela de aço galvanizado ou tela plástica) e adotar boas práticas de projeto e execução para prevenir novos problemas.

Com as soluções da Tegape, você tem acesso a materiais desenvolvidos com base em normas técnicas e alinhados às recomendações internacionais, garantindo obras mais seguras, estéticas e duráveis.

Fonte: CIB – INTERNATIONAL COUNCIL FOR RESEARCH AND INNOVATION IN BUILDING AND CONSTRUCTION. Defects in Masonry Walls: Guidance on Cracking – Identification, Prevention and Repair. CIB Publication 403. Rotterdam: CIB, 2012.