Este artigo apresenta informações técnicas e normativas sobre a tela antiafídeo, também conhecida como tela antivírus. Aborda sua função, os principais insetos que bloqueia, as diferenças entre mesh 50 e mesh 25, e o que as Portarias CDA-5, CDA-13 e a IN MAPA nº 23 determinam sobre seu uso em viveiros agrícolas.
Também destaca as vantagens da instalação e o papel da Tegape como fabricante de telas antiafídeo e telas antivírus sob medida para coberturas e laterais de viveiros e estufas.
O que é uma tela antiafídeo
A tela antiafídeo é uma malha fina, geralmente produzida em polietileno, poliéster ou polipropileno, destinada a proteger culturas e viveiros agrícolas contra a entrada de insetos vetores de doenças.
É amplamente utilizada em viveiros de mudas cítricas, hortaliças e estufas de propagação, funcionando como uma barreira física que impede a passagem de insetos, mantendo a ventilação e a luminosidade adequadas.
Em citricultura, o uso da tela antiafídeo é uma exigência legal em estruturas como estufas e viveiros protegidos, especialmente para prevenir a disseminação de doenças como o greening (HLB) — transmitido pelo psilídeo-asiático-dos-citros (Diaphorina citri).
Quais animais a tela antiafídeo deve bloquear
A principal função da tela antiafídeo é impedir a entrada de insetos sugadores e vetores de viroses. Entre os principais insetos que ela deve bloquear estão:
- Afídeos (pulgões) — como Aphis gossypii e Myzus persicae, transmissores de diversas viroses em hortaliças e plantas ornamentais.
- Mosca-branca (Bemisia tabaci, Trialeurodes vaporariorum) — vetor de vírus severos em tomate, pimentão e outras culturas.
- Trips (Frankliniella occidentalis, Thrips tabaci) — causam danos diretos e transmitem tospoviruses.
- Psilídeo-asiático-dos-citros (Diaphorina citri) — vetor da bactéria Candidatus Liberibacter spp., causadora do HLB (greening), uma das doenças mais destrutivas da citricultura mundial.
Assim, a tela antiafídeo adequada deve ter abertura suficientemente pequena para impedir a entrada desses insetos.
O que é mesh 50 e mesh 25
Os termos mesh 50 e mesh 25 se referem a especificação da malha da tela onde 50 ou 25 é o número de fios existentes em uma polegada linear (2,54 cm).
- Mesh 50: Significa que a tela possui 50 fios por polegada. A malha da tela é mais fechada, com abertura menor entre os fios, quando comparada a tela mesh 25.
- Mesh 25: Significa que a tela possui 25 fios por polegada → malha mais aberta, com abertura maior entre os fios.
Em resumo, quanto maior o número de mesh, menor é o espaço entre os fios e maior a capacidade de bloqueio contra insetos pequenos.
Telas mesh 50 são as mais indicadas para viveiros cítricos e estruturas que precisam cumprir exigências legais, pois têm abertura mais próxima do padrão 0,87 × 0,30 mm definido pela Portaria CDA-13.
Telas mosquiteiro x telas antiafídeos
As telas mosquiteiro comercializadas no mercado brasileiro possuem abertura de 1 mm a 2 mm e não impedem a entrada dos insetos minúsculos. A maioria dos mosquitos possuem tamanhos que variam conforme a espécie, mas sempre acima de 2,5 mm.
Confira o tamanho de algumas espécies de mosquito:
- Mosquitos comuns (Culex, Aedes, Anopheles) medem entre 3 mm e 6 mm de comprimento;
- As fêmeas do Aedes aegypti — transmissores da dengue, zika e chikungunya — têm em média 4 a 5 mm;
- Os mosquitos menores (como Anopheles minimus) podem medir apenas 2,5 mm, enquanto espécies maiores (como Toxorhynchites) chegam a 10 mm ou mais.
Encontrasse no mercado telas mosquiteiro com abertura acima de 1,5 mm chegando até 2 mm. Este tamanho de abertura e suficiente para bloquear mosquitos comuns, mas não impedem a passagem de insetos minúsculos, como afídeos, trips ou psilídeos, que medem menos de 2 mm — o que explica por que tela mosquiteiro não substitui tela antiafídeo.
O que as normas brasileiras comentam sobre o uso da tela antiafídeo
Estabelece normas de defesa sanitária vegetal e certificação fitossanitária para a produção de mudas cítricas no Estado de São Paulo. Determina que as mudas devem ser produzidas em ambientes telados e com controle rigoroso de pragas, incluindo o uso de telas de malha fina antiafídeo.
Essa portaria foi uma das primeiras a instituir o conceito de viveiro protegido, requisito obrigatório para o credenciamento de produtores de mudas cítricas no estado.
-
Portaria CDA-13 (SP, 23/06/2025)
Define as regras para cadastramento de borbulheiras (conjuntos de plantas-matrizes) de citros e atribuições do Responsável Técnico.
Estabelece que as estruturas devem estar totalmente e permanentemente protegidas por tela, com abertura máxima de 0,87 mm × 0,30 mm, sem frestas e com cobertura plástica impermeável.
Esse padrão corresponde às telas antiafídeo mesh 50 ou equivalentes, garantindo proteção eficaz contra psilídeos, afídeos, moscas-brancas e trips.
Dispõe sobre as restrições ao trânsito de plantas hospedeiras da mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi) entre unidades da federação com ocorrência da praga.
Embora não estabeleça o tamanho da malha, reforça a necessidade de ambientes protegidos e segregação física para evitar disseminação de pragas quarentenárias — o que, na prática, implica o uso de telas antiafídeo em viveiros e estruturas de propagação.
Por que a tela antiafídeo também é chamada de tela antivírus
A tela antiafídeo é conhecida no mercado e em publicações técnicas também como tela antivírus porque sua função final é impedir a entrada dos insetos vetores de vírus, e não bloquear o vírus diretamente.
A tela antivírus atua como uma barreira física que impede a entrada de pulgões, trips, moscas-brancas e psilídeos — insetos responsáveis pela transmissão de viroses e doenças graves em diversas culturas agrícolas.
Na prática, o uso da tela antivírus interrompe o ciclo de contaminação, pois sem a presença do vetor, o vírus não consegue se disseminar entre as plantas. É uma solução simples e eficiente de biossegurança vegetal, essencial em viveiros de mudas, estufas e áreas de produção intensiva.
Além de sua aplicação na citricultura, a tela antivírus é amplamente utilizada em cultivos de hortaliças (como tomate, pimentão, pepino e alface), floricultura e produção de mudas de alta qualidade, sendo uma tecnologia recomendada por órgãos técnicos como o MAPA, Embrapa e a CDA-SP.
Em suma, o termo tela antivírus se popularizou porque traduz de forma direta o benefício principal da tela antiafídeo: evitar que os vírus cheguem às plantas, bloqueando os insetos transmissores.
Assim, quando o produtor instala uma tela antivírus, ele está adotando uma medida preventiva contra pragas e doenças, garantindo qualidade, segurança e produtividade ao cultivo.
Vantagens e diferenciais da tela antiafídeo
- Reduz drasticamente o uso de pesticidas químicos (inseticidas), diminuindo custos e impactos ambientais.
- Melhora o desenvolvimento das plantas, resultando em maior produtividade e aumento de lucros.
- Garante isenção de pragas e doenças, protegendo o material genético e a sanidade das mudas.
- Minimiza danos causados por ventos fortes e granizo, atuando como uma barreira de proteção física.
- Quando confeccionada sob medida, possui borda reforçada, facilitando o manuseio e a instalação da tela nas estruturas.
- Reduz o risco de contaminação de colaboradores, por exigir menor aplicação de defensivos químicos.
- Permite a criação de um microclima controlado, com melhor equilíbrio de temperatura, luz e umidade, favorecendo o desenvolvimento vegetal e a eficiência no cultivo.
A Tegape é fabricante de telas antiafídeos
A Tegape fabrica as telas antiafídeos com fios de polietileno de alta densidade 100% virgem (PEAD), com alta durabilidade e precisão, desenvolvidas conforme as especificações exigidas pelas normas brasileiras.
Oferecemos em nosso portfólio a tela mesh 50 com abertura de 0, 30 mm x 0,60 mm, na cor branca e rolo de 3m x 50m, a tela mesh 25 com abertura 0,87 mm x 0,30 mm com rolos de diversas larguras (1,30 m, 1,50 m e 3 m) x 50 m e a tela mesh 40 com abertura de 0,45 mm x 0,85 mm e rolo de 3m x 50m.
Fornecemos ainda a lona para estufa transparente é produzida em polietileno e conta com aditivo de proteção anti-UV, garantindo maior durabilidade e eficiência. É uma solução técnica ideal para cultivos que necessitam de alta incidência de luz e proteção contra variações climáticas.
Os produtos podem ser adquiridos em rolos ou sob medida, de acordo com o modelo de viveiro ou estufa, sendo ideais para o fechamento de coberturas e laterais em ambientes de produção agrícola e citrícola.
Características da tela antiafídeo costurada sob medida
A tela agrícola para estufa da Tegape se adapta perfeitamente a estruturas metálicas ou de madeira, oferecendo acabamento profissional e longa vida útil.
- Bordas: Reforço em vinil impermeável, resistente à umidade e aos raios UV.
- Costura: Costura tripla em toda a borda com fio reforçado e proteção anti-UV.
- Emendas: Emendas com transpasse e costura especial, garantindo maior resistência.
Sistemas de fixação
A tela pode receber apenas o reforço de borda ou um sistema completo de fixação, com três opções disponíveis — alça, ilhós ou argola — todas resistentes à ferrugem e projetadas para facilitar a instalação.
- Alças: Fixação prática e rápida, ideal para montagem e remoção frequente.
- Ilhoses: Fixação firme e robusta, adequada quando é necessário esticar a tela com tensão.
- Argolas: Feitas em materiais anticorrosivos, garantem durabilidade e estabilidade mesmo sob intempéries.
Com tecnologia própria e controle de qualidade em todas as etapas, a Tegape garante malhas uniformes, resistentes e com excelente acabamento, assegurando o desempenho e a conformidade que o produtor precisa.


